A estréia da cearense que torce Grêmio.

Eu podia falar sobre o jogo que virá, contra o América-MG. Podia, mas não vou. Podia comentar sobre o último jogo, contra o Figueirense. Também não vou. Eu vou falar sobre a atual situação do time - e a torcida com tudo isso.

Desde o começo desse ano, o Grêmio vem atuando mal. É. Saiu o Jonas, Victor foi convocado, diversos jogadores ficaram contundidos em momentos cruciais. Saiu o Renato Gaúcho. E a torcida, o que acha disso tudo?

A torcida do Grêmio é uma das mais... esperançosas que existe. Se agarra à qualquer melhora, torce e vibra, como se fosse final de Copa do Mundo. Aguenta derrotas. Mas depois da falta de consideração da Diretoria para com a torcida, não há torcida que aguente. 

Pra vocês, que não são gremistas, darei-lhes uma informação: os sócios do Grêmio, e os sócios da Artilharia Tricolor (meu caso) recebem e-mails de vez em quando. Uns são sobre promoções e descontos, outros sobre novidades no site... Mas quando a torcida pressiona, recebemos um e-mail do chefão Paulo Odone. É. E estamos lá, pressionando por um elenco melhor, por outro técnico, o que for... E ele: "Acalmem-se, tricolores. Somos o time da Batalha dos Aflitos, superaremos isso." Ok, Odone. Eu tenho vontade de mandar-lhe um e-mail assim:

"Querido Paulo Odone,
Da próxima vez que mencionar a Batalha dos Aflitos sem fazer mudanças e investir no time, mandarei um belo "vai tomar no cu" por e-mail.
Atenciosamente, 
Rafaela Ivo."

É, galera. Ser gremista não é fácil. Mas estamos numa fase de... aprimoramento. Eu tinha minhas dúvidas quanto à Julinho Camargo, mas sinceramente estou gostando. A torcida também. No momento, estamos divididos entre Marcelo Grohe (que está atuando bem melhor) e Victor (o titular absoluto).

Como eu disse, somos uma torcida esperançosa. Esperamos que Julinho Camargo decida o que nem nós conseguimos decidir. Que a mente dele seja iluminada. Esperamos chegar ao G-8. Esperamos ir pra Libertadores.

É. Somos uma torcida esperançosa.
Mas eu, sinceramente, espero outro e-mail do Paulo Odone para enfim, poder xingá-lo...