quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Leandro Damião: Extraterrestre

Mantendo a ordem natural das coisas, o Inter levantou mais um caneco internacional. Desde 2006, é o único time que eu conheço que ganha um título internacional por ano. Libertadores, Mundial, Recopa, Sulamericana, Libertadores de novo, Recopa de novo, isso sem levar em conta a Copa Suruga. Todos os títulos que um time sulamericano pode ter, o Internacional tem. Enfim, vamos ao jogo em si.

Beira-Rio quase lotado. Umas 40 mil pessoas dentro do Gigante, empurrando o time pra frente. E deu certo. O Inter pressionava, desde o começo, como deveria fazer por precisar fazer o resultado. Andrés D'Alessandro colocou uma bola na gaveta, que por simples capricho do destino não entrou. Aí, Leandro Damião, o atacante que mais vem jogando bola nas Américas, pelo menos, apareceu. Era uma jogada de lateral, quase linha de fundo. Os zagueiros que o marcavam, e todo mundo que via o jogo, esperava um passe pra alguém que tivesse próximo. Mas Leandro Damião, o futuro camisa 9 da Seleção, não faz nada daquilo que pensam, não faz o óbvio. Em um drible seco, curto, ele tira dois marcadores e fica livre na entrada da área. Aí, sem ângulo nenhum, todos pensam que ele vai cruzar na área pra alguém que vem de frente fazer o gol. Mas, novamente, Damião não é um atacante comum. De bico, do jeito que Romário faria, ele coloca no único lugar possível pra bola entrar e marca. 1x0, e era só o começo da noite GENIAL de Leandro Damião.
Logo em seguida, Agenor dá um chutão, uma bola que parece despretensiosa, cai pra Leandro Damião. O torcedor colorado, já acostumado com a genialidade de seu camisa 9, já se levanta e sabe que algo de bom vai acontecer. Com um toque, ele tira o zagueiro, e no instante seguinte, já tá se preparando pra dar um chute seco, direto no ângulo esquerdo. É um daqueles gols que muito atacante erra, principalmente por ser com a perna esquerda. Mas Leandro Damião não é um atacante comum, não é um jogador comum. Gol do Inter, 2x0 e até esse momento, éramos campeões da Recopa. Damião ainda teve mais uma oportunidade de marcar, mas a bola acertou a rede pelo lado de fora.
Leandro Damião, esse título é teu.

O primeiro tempo termina com total controle do colorado sobre o Independiente. Aí vem o segundo tempo, e o Inter começa diferente, começa mais lento. E logo no começo, Bolívar, sempre ele, dá uma dormida, e o Independiente faz o seu gol no jogo. Nesse momento, pênaltis. Mas, estranhamente, o time nem se assustou, nem se encolheu como sempre fez. Seguiu indo pra cima, buscando o resultado. E quase no fim do jogo, Jô sofre pênalti e Kléber vai lá e converte. Inter 3x1, Internacional campeão da Recopa.
Tá chato demais ser colorado, ganha um título por ano, pelo menos. Comemorar tá perdendo a graça.

Domingo tem GreNal e o Inter entra no clima do jogo após ter empatado heroicamente com o Flamengo no fim de semana e ter conquistado a Recopa no meio de semana. O Grêmio chega em crise, duas derrotas seguidas, sem marcar gol, com o pior ataque do Brasileirão (e ainda pagando o salário do Borges, artilheiro do campeonato, vai entender) e com problemas defensivos imensos. Mas todo mundo sabe, GreNal e GreNal, e clássico nunca tem favorito.

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